“Eu sou um sobrevivente de um campo de concentração. Meus olhos viram o que nenhum ser humano deveria testemunhar. Câmaras de gás construídas por engenheiros ilustres. Crianças envenenadas por médicos altamente especializados. Recém-nascidos mortos por enfermeiras licenciadas. Mulheres e bebés assassinados e queimados por gente formada em escolas, colégios e universidades. Por isso, caro professor, eu duvido da educação.”
Este é um excerto de uma carta de Jamus Korozak, patente na exposição a propósito do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, na Escola Portuguesa de Luanda. A efeméride é assinalada a 27 de janeiro e foi instituída pelas Nações Unidas, no dia em que, em 1945, os soldados soviéticos entraram no campo de Auscwitz-Birkenau.
Na Escola Portuguesa de Luada, a iniciativa inseriu-se no Projeto Memórias Datas e Efemérides, do Grupo de História em estreita articulação com a Biblioteca Escolar Alda Lara. A exposição, intitulada “Para não esquecer” patente no átrio principal da escola, foi hoje inaugurada pelo senhor presidente da Comissão Administrativa Provisória, Dr. Eduardo Fernandes, após ter proposto um minuto de silêncio em memória de todos a quem a vida foi roubada antes do tempo, no decorrer da Segunda Guerra Mundial.
Durante uma semana alunos de todos os ciclos terão a oportunidade de visionar na Biblioteca Escolar ou em sala de aula os filmes “Os meninos que enganavam os nazis” e “O Cônsul de Bordéus” e ainda usufruir de aulas fora da sala em contexto da exposição.